A Reforma Tributária sobre o consumo, sancionada em 2024, começará a valer em 2026 e trará um dos maiores desafios já enfrentados pelas empresas brasileiras: a necessidade de operar em dois sistemas tributários ao mesmo tempo até 2033.
Nesse período de transição, será preciso apurar, declarar e recolher tributos seguindo tanto as regras atuais quanto as do novo modelo baseado no IVA Dual, composto pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços, federal) e pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços, estadual e municipal).
O cronograma prevê alíquotas simbólicas em 2026, entrada efetiva da CBS em 2027, do IBS em 2029 e extinção completa do modelo antigo apenas em 2033. Até lá, empresas terão de conviver com obrigações em duplicidade.
Adaptação tecnológica será decisiva
Embora não seja necessário trocar sistemas de gestão (ERP), será fundamental configurá-los para calcular e reportar tributos em dois regimes diferentes. Isso inclui:
- novas regras de cálculo de tributos;
- ajustes em notas fiscais e declarações;
- adaptação à lógica de créditos tributários ampliados.
Segundo pesquisa Tax do Amanhã, realizada pela Deloitte, 60% das empresas que já investem em tecnologia fiscal reduziram em até 30% o tempo gasto com obrigações.
Durante a transição, esse ganho de eficiência pode ser a diferença entre estar em conformidade ou enfrentar autuações.
Impactos financeiros e estratégicos
A nova estrutura ainda traz incertezas quanto às alíquotas finais, estimadas entre 25% e 28%, o que dificulta a precificação de produtos e serviços.
Em contrapartida, haverá ampliação do direito a créditos tributários, permitindo que mais despesas com insumos, serviços e investimentos sejam descontadas — algo que hoje, muitas vezes, vira custo direto.
Cada setor será afetado de forma distinta: indústrias com cadeias longas de fornecimento, por exemplo, podem se beneficiar mais rapidamente, enquanto segmentos de serviços precisarão avaliar com atenção os novos impactos sobre margens de lucro.
O que as empresas devem fazer agora?
- Mapear processos que serão impactados pela reforma;
- Revisar contratos e precificação, simulando diferentes cenários;
- Investir em tecnologia fiscal e na capacitação das equipes;
- Organizar o planejamento tributário para identificar ganhos e reduzir riscos;
- Aproveitar a transição para corrigir distorções e automatizar rotinas.
Mais do que uma obrigação, a reforma representa uma oportunidade de reorganizar a gestão fiscal e financeira, aumentando transparência e eficiência.
Como a Seteco pode ajudar
A Seteco acompanha de perto cada etapa da Reforma Tributária e oferece suporte completo para que sua empresa:
- se adapte às novas regras com segurança;
- configure corretamente seus sistemas fiscais;
- simule cenários financeiros e tributários;
- encontre oportunidades de economia com o novo modelo de créditos;
- minimize riscos durante os sete anos de transição.
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